Letra:
Jorge Fernando
Música:
Popular
(Fado
Corrido)
Ó meu
amigo João
Em que
terras te perdeste
Se por
nada lá morreste
Meu
amigo, meu irmão
De
nascença duvidosa
Proibiram
a tua infância
Transformaram-te
em distância
Como
braços de alcançar
Foste
folha a flutuar
Arrastada
p'la corrente
E o teu
sangue foi semente
Dos
cifrões doutro lugar
Gostavas
de ouvir cantar
As
modas da nossa terra
E as
verdades que ela encerra
No seu
jeito popular
Teu
corpo de tudo dar
Corre
nas veias do mundo
Imenso,
fértil, fecundo
Com
força de terra e mar
Ponho
aqui o recordar
Da
agrura da tua morte
Por
sobre sangue a gritar
Que não
foi azar nem sorte
A força
do vento norte
Levou
teu grito na mão
Meu
amigo, meu irmão
Quem forçou a tua sorte