29/03/2014

Maldição

Letra: Armando Vieira Pinto
Música: Alfredo Duarte (Marceneiro)
(Fado Cravo)

Que destino, ou maldição
Manda em nós meu coração
Um do outro assim perdidos
Somos dois gritos calados
Dois fados desencontrados
Dois amantes desunidos

Por ti sofro e vou morrendo
Não te encontro, nem te entendo
Amo e odeio, sem razão
Coração quando te cansas
Das nossas mortas esperanças
Quando paras coração

Nesta luta, esta agonia
Canto e choro de alegria
Sou feliz e desgraçada
Que sina a tua, meu peito
Que nunca estás satisfeito
Que dás tudo e não tens nada

Ah gelada solidão
Que tu me dás coração
Não há vida, nem há morte
É lucidez, desatino
De ler no próprio destino
Sem poder mudar-lhe a sorte