02/04/2014

Atalhos proibidos

Letra: Artur Ribeiro 

Há fado na minh’alma por ti louca
Neste anseio de choro que me invade
E que deixa ficar na minha boca
O travo tão amargo da saudade

Há fado nesta lágrima sentida
Que brinca no meu riso amargurado
E vai caír teimosa e dolorida
Sobre as notas vadias do meu fado

Há fado se não dormes no meu peito
No tanger das guitarras em quebranto
Há fado no meu canto contrafeito
Pois não vejo aqui, enquanto canto

Há fado nos meus passos descabidos
No meu bater à porta sempre errada
Quem anda por atalhos proibidos

Pode chegar ao fim e não ter nada