13/04/2014

Fado do sobreiro

Letra: Abílio Morais
Música: Alfredo Duarte (Marceneiro)
(Marcha do Marceneiro)

Lá no cimo do montado
No ponto mais elevado
Havia um enorme sobreiro
De todos era a cobiça
Ao dar bolota e cortiça
No montado era o primeiro

Mas um dia a tempestade
Fez ouvir lá na herdade
O ribombar dum trovão
E no céu uma faixa risca
Uma enorme faísca
Fez o sobreiro em carvão

Passaram anos e agora
No mesmo sítio lá mora
Um chaparro altaneiro
E em noites de luar
Houve-se o montado a chorar
Com saudades do sobreiro

É assim a nossa vida
Constantemente vivida
Quase sempre a trabalhar
Mas se um dia a morte vem
Nós deixamos sempre alguém
Com saudades a chorar