Letra:
Carlos Conde
Fui à
feira da ladra, a mais bizarra
Das
feiras com a marca do passado
E vi
num ferro velho uma guitarra
De
tampo sujo negro e desgrudado
No
fundo uma etiqueta já sem cor
Ocultava
um retrato que ficou
E que
era dum famoso tocador
Que a
morte há muitos anos já levou
Quatro
cordas em rugas de cantigas
Se nada
mais fizessem recordar
Lembravam
quatro décimas antigas
Á volta
duma quadra popular
Comprei
aquela jóia que se enquadra
Em tudo
que são velhas raridades
'inda é
preciso haver feira da ladra
P'ra nos mostrar o preço das saudades