14/05/2014

Jeito fadista

Autor: Manuel Andrade

De viver entre a canalha
Ficou-me o jeito rufia
Quando ao brilho da navalha
Um fado triste se ouvia

Por essas ruas sem fim
Mães de fome e de desgraça
O fado entrou em mim
Como o sol pela vidraça

Assim sigo a minha sina
De desejo e de procura
Enquanto a sorte destina
O meu trilho de loucura

E é por isso que se espalha
À minha volta esse jeito
De viver entre a canalha
Ficou-me o fado no peito