Autor: Manuel
Andrade
De viver entre a
canalha
Ficou-me o jeito
rufia
Quando ao brilho da
navalha
Um fado triste se
ouvia
Por essas ruas sem
fim
Mães de fome e de
desgraça
O fado entrou em mim
Como o sol pela
vidraça
Assim sigo a minha
sina
De desejo e de
procura
Enquanto a sorte
destina
O meu trilho de
loucura
E é por isso que se
espalha
À minha volta esse
jeito
De viver entre a
canalha
Ficou-me o fado no
peito