14/05/2014

Mãos abertas

Letra: Manuel Andrade
Música: Alfredo Duarte (Marceneiro)
(Fado Bailado)

Mãos abertas, mãos de dar
As minhas mãos são assim;
Viste-as abertas chegar
E abertas hão-de ficar
Quando tu morreres em mim.

Ao partir não levarei
Nada mais do que ao chegar.
Minhas mãos, quando as mostrei,
Vinham abertas e sei
Que abertas hão-de ficar.

Nunca as juntei p'ra rezar,
Nem nunca as ergui aos céus;
Minhas mãos são mãos de dar,
Não sabem crer nem esperar,
Nem sequer dizer adeus.

Ao partir não sentirei
Nada teu partindo em mim;
De mãos abertas irei,
Passado nunca terei,
As minhas mãos são assim.