Letra: Carlos Conde
Música: Popular
(Corrido ou Mouraria)
(Corrido ou Mouraria)
É tão bom ser
pequenino
Ter pai, ter mãe,
ter avós
Ter esperança no
destino
E ter quem goste de
nós
A velhice trás revés
Mas depois da
meninice
Há quem adore a
velhice
P'ra ser menino
outra vez
Ser menino, que
altivez
Que optimísmo,
desatino
Ver tudo bom e
divino
Tudo esperança, tudo
fé
E enquanto a vida é
assim
É tão bom ser
pequenino!
Ver tudo com alegria
Sem delongas, sem
demora
Ver a vida numa hora
Eternidade num dia
Ter na mente a
fantasia
Dum bem que ninguém
supôs
Ter crença, sonhar a
sós
Co'a grandeza deste
mundo
E para bem mais
profundo
Ter pai, ter mãe,
ter avós
Ter muito enlevo a
sonhar
Acordar e ter
carinho
Ter este mundo
inteirinho
No brilho do nosso
olhar
Viver alheio ao
penar
Deste orbe, torpe,
ferido
Julgar-se eterno
menino
Supor-se eterna
criança
E num destino sem
esperança
Ter esperança no
destino!
Ó desventura, ó
saudade
Causas da minha
inconstância
Dai-me pedaços de
infância
Retalhos de mocidade
Dai-me a doce
claridade
Roubando-me ao tempo
atroz
Quero ter a minha
voz
P'ra cantar o meu
passado
É tão bom cantar o
fado
E ter quem goste de
nós!