21/04/2014

Deixem-me ser assim

Letra: Jorge Fernando
Música: Martinho d'Assunção

Deixem-me ser assim, fadista como sou
Ser voz de mar tranquilo, ser voz de noite calma
Deixem-me ser jardim, que em mim se cultivou
Onde a seiva da voz, transforma a flor em alma

Deixem-me ser assim, apenas como sou
Ser onda que alcançou, a praia desejada
Não me gritem decretos, que um dia alguém criou
Não sou palco de versos, sou eu, ou então nada

Por isso é que me nasce, em todos os meus fados
Num ventre cristalino, dum Sol que não tem fim
Jamais cantarei preso, a gestos estudados
Não trago o fado à vista, mas sim dentro de mim