Letra:
Artur Ribeiro
Eu
nasci amanhã, no meio desta gente
Toda
nascida ontem, ou quando muito agora
Eu
nasci amanhã, num ponto irreverente
Por
isso não entendo, a gente que cá mora
Eu
nasci amanhã, onde não há fronteiras
Onde
cada poeta só canta o que lhe apraz
Eu
nasci amanhã, onde não há trincheiras
Onde
não fazem guerras, impondo a sua paz
Eu
nasci amanhã, num mundo imaginado
Sem
pobres a morar em zona demarcada
E neste
mundo hoje, triste e acomodado
Quem não nascer no tempo, não tem direito a nada